Operação da Polícia Federal mira quadrilha que misturava metanol em combustíveis
- Adauto Cruz
- há 5 dias
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O objetivo é combater uma organização criminosa suspeita de utilizar álcool metílico (metanol) de forma irregular na adulteração de combustíveis fornecidos aos consumidores

Na manhã desta terça-feira, Polícia Federal em São Paulo, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (GAECO-SP), deflagrou a segunda fase da Operação Boyle.
A segunda fase da Operação Boyle mira organização criminosa envolvida em adulteração de etanol e gasolina, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos
O objetivo é combater uma organização criminosa suspeita de utilizar álcool metílico (metanol) de forma irregular na adulteração de combustíveis fornecidos aos consumidores. Nesta fase, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva.
A primeira fase da operação ocorreu em fevereiro de 2024, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André, Poá, Arujá e Bertioga.
As investigações identificaram organizações criminosas atuantes no setor de combustíveis, especialmente por meio da adulteração de etanol e gasolina com metanol, prática que inclui também a constituição de empresas de fachada para lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos visando à manutenção do esquema criminoso.
Grupos investigados
No início de abril deste ano, o GAECO ofereceu duas denúncias contra um dos grupos investigados, composto por 16 pessoas, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de requerer a fixação de valor mínimo para reparação de dano moral coletivo.
Em 9/4/2025, o Poder Judiciário recebeu as denúncias e deferiu diversas medidas cautelares, entre elas:
Alienação antecipada dos bens sequestrados;
Sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas;
Suspensão das atividades econômicas de postos de combustíveis envolvidos e empresas utilizadas para ocultação de patrimônio;
Prisão preventiva de seis réus, incluindo os líderes do grupo;
Medidas cautelares diversas da prisão para outros dez denunciados.
Na ação desta terça-feira, foram cumpridos cinco dos seis mandados de prisão preventiva. Um dos réus não foi localizado e é considerado foragido da Justiça.
Crime de tráfico internacional de arma de fogo
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, a Operação Projétil, em repressão ao tráfico internacional e comercialização de projéteis de fuzil, pólvoras e demais acessórios de munições de origem estrangeira.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas nas cidades de:
Xanxerê/SC;
Riqueza-SC;
São Miguel do Oeste-SC;
Guaraciaba-SC;
Porto Alegre-RS;
Xangri-lá-RS e;
São Campos Novos Paulista-SP.
Através de investigações, a PF descobriu que os materiais eram introduzidos no Brasil pela fronteira com a Argentina, nos municípios de Dionísio Cerqueira-SC e Barracão-PR.
As diligências tiveram início em julho de 2024, quando constatou-se que os projéteis de fuzil introduzidos clandestinamente no território nacional eram enviados para diversos locais do país, pelos Correios, transportadoras ou caminhoneiros.
As investigações continuarão e os envolvidos poderão ser indiciados pelos crimes de tráfico internacional de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo.
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