Indícios de que o nazifascismo já permeia o Governo e a Secretaria de Segurança de São Paulo
- Adauto Cruz
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Antigo ouvidor das polícias de SP sobre vídeo de PMs com cruz em chamas diz que é a “Institucionalização do nazifascismo”

O vídeo que circula nas redes sociais, em que policiais militares de São Paulo fazem um gesto semelhante à saudação nazista diante de uma cruz em chamas, reacendeu o debate sobre a escalada da violência policial e o avanço de ideologias extremistas dentro das corporações.
Para Cláudio Silva, ex-ouvidor das polícias paulistas, a cena não é um episódio isolado, mas um retrato fiel do que ele define como a “institucionalização do nazifascismo” dentro da Polícia Militar sob a atual gestão do governo Tarcísio de Freitas.
“É lamentável que a Polícia Militar de São Paulo, que um dia buscou ser exemplo de boa polícia, esteja protagonizando cenas que lembram cerimônias da Ku Klux Klan, com cruz em chamas e saudação nazista. Isso é gravíssimo”, afirmou Claudinho, como é conhecido, em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247.
Ele destacou que o uso da cruz em chamas remete diretamente à simbologia do grupo supremacista branco que aterrorizava negros nos Estados Unidos, a Ku Klux Klan, e que não há como ignorar esse peso histórico.
Segundo ele, o agravante é que esse suposto “juramento” foi realizado durante uma cerimônia oficial do BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) de São José do Rio Preto, o que, se confirmado, indica que tal prática pode estar sendo incorporada institucionalmente. “Se isso for parte de um juramento, é ainda mais grave. Significa que está institucionalizado. E isso tem nome: nazismo”, denunciou.
Cláudio também traçou uma linha direta entre o episódio do vídeo e os dados alarmantes da letalidade policial no estado: “Oitenta por cento das pessoas mortas pela PM em São Paulo são negras. Acima da média nacional. Isso dialoga diretamente com o que vimos nesse vídeo. Essa cruz em chamas é o símbolo da política aplicada no estado: racista, cruel, punitivista.”
O ex-ouvidor também criticou a atual política de segurança pública no Brasil, que, segundo ele, tem fracassado ao longo das últimas três décadas. “A guerra às drogas é um fracasso. As facções estão mais fortes, mais organizadas, atuam nacionalmente e até internacionalmente. E o discurso da bala como solução só fortalece essas organizações.”
Silva também rebateu o discurso da extrema-direita, que defende o extermínio como política pública. “É populismo penal. O Renan do MBL, por exemplo, quer surfar no medo da população. Diz que bandido tem que morrer. Mas isso viola a Constituição. O direito à vida está acima do direito à propriedade. Essa simplificação só aumenta a violência, inclusive contra inocentes.”
Claudinho cobrou o envolvimento do governo federal no enfrentamento às facções e uma reestruturação profunda das forças de segurança, com controle social da atividade policial. “A polícia hoje é uma instituição pouco fiscalizada. Em São Paulo, a Corregedoria virou sindicato de policiais. E quem paga com a vida por isso são os mais pobres e, sobretudo, os negros.”
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